Quero a vida, quero história pra contar
Quero a dádiva de ver nascer o sol
Sem as luzes da cidade pra ofuscar
Nenhum farol
Se eu penso na razão que a vida tem
Não é por isso que eu deixo de mudar
Sei que a inércia nos impede de crescer
Mas não de errar
Há sempre alguém pra dizer
Não leve sua vida assim
Mas esse é o jeito que eu gosto de ser
Eu sei o que serve pra mim
Olhei da janela e tudo o que vi
No cinza, na ausência de cores
Pessoas restritas ao pensar em si
Comprando e vendendo favores
Se o tempo me disser pra desistir
Se o silêncio conseguir me dominar
Jogar fora tudo o que eu tenho pra falar
Basta um verso pra que eu volte a sorrir
Um sorriso pra que volte a sonhar
E quando eu sonho, sei que nada pode me parar
Quero a vida, quero história pra contar
Quero a dádiva de ver nascer o sol
Sem as luzes da cidade pra ofuscar
Nenhum farol
Se eu penso na razão que a vida tem,
Não é por isso que eu deixo de mudar
Sei que a inércia nos impede de crescer
Mas não de errar
Não vão cansar de dizer
Não leve sua vida assim
Mas esse é o jeito que eu gosto de ser
Eu sei o que serve pra mim
Vidas fadadas à solidão
Vividas a troco de nada
Sentidos confusos na poluição
Um jogo de cartas marcadas
Sei que o mundo vai dizer que eu desisti
Que o silencio conseguiu me dominar
E joguei tudo que eu tinha pra falar
Mas destruo tudo o que eu construí
Reconstruo, ponho tudo no lugar
E quando eu quero, sei que nada pode me parar
Quero a vida, quero história pra contar
Quero a dádiva de ver nascer o sol
Sem as luzes da cidade pra ofuscar
Nenhum farol
Se eu penso na razão que a vida tem
Não é por isso que eu deixo de mudar
Sei que a inércia nos impede de crescer
Mas não de errar